é coisa louca
que desamarra
as minhas
costuras
que adoça além
os meus cafés
ou qualquer
outro tipo de
desculpa
um intervalo
um acidente
uma piscada mais
lenta e eu
desatenta me
preocupo se vai
chover ou
não.
domingo, 31 de outubro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
domingo, 24 de outubro de 2010
oi.
oi.
é tarde...eu sei.
mas, é que...
hoje...
é...
(suspiro)
só escrever não tá
funcionando.
eu queria te dizer...
eu...
queria te contar...
que...
(suspiro)
nada há por aqui
que já não tenha
havido
e
eu
continuo
sem saber
.
é tarde...eu sei.
mas, é que...
hoje...
é...
(suspiro)
só escrever não tá
funcionando.
eu queria te dizer...
eu...
queria te contar...
que...
(suspiro)
nada há por aqui
que já não tenha
havido
e
eu
continuo
sem saber
.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Estação 1° da 2° parte
Catarina desce as escadas correndo,com pressa.O metrô está vazio e ela aguarda apreensiva a chegada do trem.Na espera ela mexe em sua bolsa e procura um chiclete que não acha.
Ao levantar o olhar se depara com Bernardo do outro lado do metrô, na outra plataforma.
Provavelmente,ele já a tinha visto há algum tempo,pois sua expressão é já estabelecida,embora ela não a consiga decifrar.
Suas emoções, as de Catarina,variam muito em poucos segundos.
Nossa...Fazia tempo que não o via e da última vez que se falaram, a comunicação havia sido distanciada,formal e triste.
A aparição dele não a faz contente, nem infeliz. Acho que não espera nada além de um aceno de mão cumpridor de uma boa e básica educação.
Pois, está pronta pra retribuir o aceno quando o trem dele chega e ao sair faz desaparecer Bernardo.
Enfim...
É isso.
Afinal, nem o aceno, como era, mesmo,mais compatível com o desenrolar dessa (não) relação até agora.
Catarina volta para o buraco sem fundo que é a sua bolsa em busca do chiclete.
Não acha.
Desiste.
Ao levantar o olhar se depara com Bernardo do outro lado do metrô, na outra plataforma.
Provavelmente,ele já a tinha visto há algum tempo,pois sua expressão é já estabelecida,embora ela não a consiga decifrar.
Suas emoções, as de Catarina,variam muito em poucos segundos.
Nossa...Fazia tempo que não o via e da última vez que se falaram, a comunicação havia sido distanciada,formal e triste.
A aparição dele não a faz contente, nem infeliz. Acho que não espera nada além de um aceno de mão cumpridor de uma boa e básica educação.
Pois, está pronta pra retribuir o aceno quando o trem dele chega e ao sair faz desaparecer Bernardo.
Enfim...
É isso.
Afinal, nem o aceno, como era, mesmo,mais compatível com o desenrolar dessa (não) relação até agora.
Catarina volta para o buraco sem fundo que é a sua bolsa em busca do chiclete.
Não acha.
Desiste.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
pedaços
quero explodir
na potência de
10 mil bombas
atômicas e
desabar sobre
sua cabeça
na forma de
minúsculos
pedaços de
mim de
meu amor
no peso
dilacerante
de muitas
bolhas de sabão
...
e que isso
faça toda
a diferença
.
na potência de
10 mil bombas
atômicas e
desabar sobre
sua cabeça
na forma de
minúsculos
pedaços de
mim de
meu amor
no peso
dilacerante
de muitas
bolhas de sabão
...
e que isso
faça toda
a diferença
.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
catarina e o amor.
empanzinada de um amor
que não tem nome
que não tem direção
que lhe empanturra o peito
catarina ali
os cabelos lhe escorrem
e ela treme ao som de uma
música que não conhece
uma luxúria
um ludíbrio
um traço
um vulto
um desenho
e
de repente
alguém
!
ela cora
fecha os olhos
e.
que não tem nome
que não tem direção
que lhe empanturra o peito
catarina ali
os cabelos lhe escorrem
e ela treme ao som de uma
música que não conhece
uma luxúria
um ludíbrio
um traço
um vulto
um desenho
e
de repente
alguém
!
ela cora
fecha os olhos
e.
domingo, 10 de outubro de 2010
meio sóbria meio ébria.
Catarina veste mini saia preta acinturada,um tomara que caia branco,peep toe prata nos pés e batom vermelho colorindo a boca.
Ela entra numa loja de conveniência no Jardim Botânico.
Está meio sóbria,meio ébria.
Não tem o que comprar.
Não tem o que pensar.
Não tem o que beber.
Não tem o que fazer.
Não tem o que comer.
Catarina está no meio da loja de conveniência no Jardim Botânico sem ter pra que se mexer.
Catarina ouve o barulho de um carro estacionando. Se vira. É um carro grande e preto.
Catarina não sabe que carro é esse,nunca se preocupou em saber que carros são esses ou aqueles.
Tem um casal dentro desse carro.
O mocinho beija a mocinha e sai do carro. Entra na loja. Busca um filme na locadora da loja e se encaminha pro caixa.
Bernardo - Vou levar esse.
Atendente - "Nove rainhas".
Catarina (de súbito) - Vou levar esse.
Atendente - " Nove canções".
Catarina olha para Bernardo num meio sorriso. Bernardo corresponde com um sorriso de canto de boca cerrado e um abaixar de olhos tímido. Catarina,então, insiste no foco do seu olhar e no sorriso satisfeito.
Catarina apoiada no balcão, meio sóbria, meio ébria.
Catarina - Vou levar esse vinho,também, e mais duas taças.
Catarina olha,mais uma vez, para Bernardo, se insinuando e o intimidando.
Bernardo sorri um sorriso sonoro, mal olha pra Catarina,morde os lábios, balança a cabeça em movimento leve de negação,mexe na camisa,dá um suspiro profundo e.
Catarina - Você me ama?
Bernardo - Oi ?!
Catarina - Você me ama?
Bernardo(espantado)...Não!
Catarina - Ainda,não,você quer dizer!
Bernardo(sorri espantado e cauteloso) - Pode ser...
Catarina(que o olha fixamente,dessa vez, sem sorrir) - É sim. Eu sei...Confie em mim.
Bernardo(com o olhar desconfiado) - Tá.
Atendente - Aqui,senhor.
Bernardo pega suas coisas e vai saindo,mas, pára.(tempo). Se vira e volta. Olhando pra baixo, mordendo a boca,ele ri, mais uma vez, incrédulo de si e pede.
Bernardo - Me dá seu telefone?
Catarina - Não.
Bernardo(a olhando assustado,não entendendo muito as coisas) - Não?!
Catarina - Não precisa. Você me acha.
Bernardo -(tempo) E o seu nome...?
Catarina não o responde ,não o olha,pisca devagar e sorri quase sem vontade,lânguida.
(tempo)
Bernardo - Tá.
Bernardo respira fundo, desiste, pega suas coisas e vai.
Catarina o observa ir e lamenta,profundamente,a certeza de sua realidade nota cinco.
Atendente - Senhora...
Catarina - Hum...
Atendente - É só isso,mesmo?
Catarina - Isso o quê?
Atendente - O filme, o vinho e as duas taças?
Catarina - Não vou levar o filme.
Atendente - Então, são o vinho e as duas taças?
Catarina - Só uma taça.
Atendente - Sim, senhora.
Catarina pega suas coisas e sai da loja de conveniência no Jardim Botânico vestindo uma mini saia preta acinturada,um tomara que caia branco,um peep toe prata nos pés e um batom vermelho colorindo a boca.
Ela está meio sóbria,meio ébria ...
Ela entra numa loja de conveniência no Jardim Botânico.
Está meio sóbria,meio ébria.
Não tem o que comprar.
Não tem o que pensar.
Não tem o que beber.
Não tem o que fazer.
Não tem o que comer.
Catarina está no meio da loja de conveniência no Jardim Botânico sem ter pra que se mexer.
Catarina ouve o barulho de um carro estacionando. Se vira. É um carro grande e preto.
Catarina não sabe que carro é esse,nunca se preocupou em saber que carros são esses ou aqueles.
Tem um casal dentro desse carro.
O mocinho beija a mocinha e sai do carro. Entra na loja. Busca um filme na locadora da loja e se encaminha pro caixa.
Bernardo - Vou levar esse.
Atendente - "Nove rainhas".
Catarina (de súbito) - Vou levar esse.
Atendente - " Nove canções".
Catarina olha para Bernardo num meio sorriso. Bernardo corresponde com um sorriso de canto de boca cerrado e um abaixar de olhos tímido. Catarina,então, insiste no foco do seu olhar e no sorriso satisfeito.
Catarina apoiada no balcão, meio sóbria, meio ébria.
Catarina - Vou levar esse vinho,também, e mais duas taças.
Catarina olha,mais uma vez, para Bernardo, se insinuando e o intimidando.
Bernardo sorri um sorriso sonoro, mal olha pra Catarina,morde os lábios, balança a cabeça em movimento leve de negação,mexe na camisa,dá um suspiro profundo e.
Catarina - Você me ama?
Bernardo - Oi ?!
Catarina - Você me ama?
Bernardo(espantado)...Não!
Catarina - Ainda,não,você quer dizer!
Bernardo(sorri espantado e cauteloso) - Pode ser...
Catarina(que o olha fixamente,dessa vez, sem sorrir) - É sim. Eu sei...Confie em mim.
Bernardo(com o olhar desconfiado) - Tá.
Atendente - Aqui,senhor.
Bernardo pega suas coisas e vai saindo,mas, pára.(tempo). Se vira e volta. Olhando pra baixo, mordendo a boca,ele ri, mais uma vez, incrédulo de si e pede.
Bernardo - Me dá seu telefone?
Catarina - Não.
Bernardo(a olhando assustado,não entendendo muito as coisas) - Não?!
Catarina - Não precisa. Você me acha.
Bernardo -(tempo) E o seu nome...?
Catarina não o responde ,não o olha,pisca devagar e sorri quase sem vontade,lânguida.
(tempo)
Bernardo - Tá.
Bernardo respira fundo, desiste, pega suas coisas e vai.
Catarina o observa ir e lamenta,profundamente,a certeza de sua realidade nota cinco.
Atendente - Senhora...
Catarina - Hum...
Atendente - É só isso,mesmo?
Catarina - Isso o quê?
Atendente - O filme, o vinho e as duas taças?
Catarina - Não vou levar o filme.
Atendente - Então, são o vinho e as duas taças?
Catarina - Só uma taça.
Atendente - Sim, senhora.
Catarina pega suas coisas e sai da loja de conveniência no Jardim Botânico vestindo uma mini saia preta acinturada,um tomara que caia branco,um peep toe prata nos pés e um batom vermelho colorindo a boca.
Ela está meio sóbria,meio ébria ...
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
terça-feira, 5 de outubro de 2010
as bocas
buracos molhados
melados e quentes
as bocas que passam
são passados trocados
escolhidos e acontecidos
acidentes e infortúnios
carinhos e delírios
cerram e escancaram
gritam silêncios e segredos
declaram amores e venenos
elas vomitam e incendeiam
as bocas lambem
as línguas
pedaços de carne
que saboreiam
as bocas
os gostos
os desejos
e os pedaços
que passam
um cheiro...
um suspiro...
um jeito...
e a boca
se entreabre
e convida
e morde
e comunica
e beija
tem gosto de boca
todas as bocas
muitas as bocas
qualquer boca.
melados e quentes
as bocas que passam
são passados trocados
escolhidos e acontecidos
acidentes e infortúnios
carinhos e delírios
cerram e escancaram
gritam silêncios e segredos
declaram amores e venenos
elas vomitam e incendeiam
as bocas lambem
as línguas
pedaços de carne
que saboreiam
as bocas
os gostos
os desejos
e os pedaços
que passam
um cheiro...
um suspiro...
um jeito...
e a boca
se entreabre
e convida
e morde
e comunica
e beija
tem gosto de boca
todas as bocas
muitas as bocas
qualquer boca.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
o amor, a cama e as toalhas
é como chegar
no motel e
encontrar
a cama
ainda
bagunçada
as toalhas
ainda
molhadas
pelo amor
de outra
pessoa.
ou você
muda de quarto
ou você
dá um tempo
pra arrumadeira.
no motel e
encontrar
a cama
ainda
bagunçada
as toalhas
ainda
molhadas
pelo amor
de outra
pessoa.
ou você
muda de quarto
ou você
dá um tempo
pra arrumadeira.
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